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    Imagem: Lagunas Antiplanicas

Nome: Bárbara de Barros Rosa

Idade: 35

Profissão: Advogada

Cidade: Itajaí - SC

Perfil instagram: @barbaradebarros

Destino: Deserto do Atacama - Chile

Época da viagem: de 26 a 31.05.2016

 

Por que você gostou da viagem?

Gostei muito deste destino por ser um local absolutamente diferente de todos os outros que já visitamos. Um lugar para se apreciar a natureza e a grandiosidade do deserto, apreciar o silêncio, e perceber a nossa pequenez neste mundo.

Teve alguma coisa que não gostou na viagem?

O único inconveniente é que, pelo fato de o Atacama ser o deserto mais árido do planeta, sentimos bastante a falta de umidade. Pele, olhos, nariz, cabelos, ficaram bastante secos. É necessário carregar sempre soro para o nariz e olhos, protetor solar, óculos, chapéu e muito hidratante.

Como fez para se locomover de um lugar para o outro?

Do aeroporto de Calama, o mais próximo a San Pedro, contratamos um serviço de transfer com uma empresa chamada Licancabur. Não recomendamos, aliás, pois os ônibus são velhos, sujos, e os motoristas correm demais. Há outras opções melhores pelo mesmo preço. Já em San Pedro de Atacama, contratamos quatro passeios com a empresa Grado 10, e um com a Whipala Tour. É possível alugar carro, porém, as estradas são sinuosas, às vezes inexistentes, e no meio do deserto é bom contar com motoristas experientes. Além disso, a presença do guia é bacana para obtermos todas as informações sobre os pontos visitados.

Qual lugar não podemos deixar de conhecer? Por quê?

O lugar que considero indispensável visitar é o Valle de la Luna. A paisagem é deslumbrante, e do alto das dunas, pudemos apreciar o mais lindo pôr do sol do deserto. 

Possui alguma indicação de Hotel ou Hostel/Restaurante/Atração no local? Comente um pouco sobre porque escolheu esses locais.

Nos hospedamos no Hotel Pascual Andino. Recomendo muitíssimo. No centrinho da cidade, bem próximo às agências, restaurantes e lojinhas. Limpo, confortável, e com funcionários atenciosos e prestativos. Amenidades de higiene, e ainda escovas e panos para os sapatos, que no final do dia, ficam absolutamente empoeirados, rs. 

Jantamos em diversos restaurantes, e gostamos bastante de um chamado Blanco, e outro cujo nome é La Estaka. Rústicos, porém  aconchegantes, atendimento cordial e rápido, boa comida. 

Conte-nos sobre a sua viagem (como foi a sua experiência desde a escolha do destino, se foi sozinho, se a viagem foi econômica, sobre os lugares que conheceu, as comidas que experimentou, coisas imperdíveis e até se teve alguma furada)

Viajei com meu marido. Escolhemos o Atacama por dois motivos. O primeiro é que não gostaríamos de ficar fora por mais de seis dias, por razões pessoais, e este destino se encaixa perfeitamente neste tempo. O segundo é que, há tempos atrás, vi na internet uma postagem sobre o deserto e fiquei absolutamente encantada com as paisagens belíssimas e longe da "civilização". Anotei na minha lista de lugares a visitar. 

Com o câmbio atual, não se trata absolutamente de uma viagem econômica. Os preços parecem muito com os do Brasil. É compreensível que não seja barato, pois manter uma estrutura de hospedagem e alimentação em um ponto tão ermo e distante exige uma boa logística.

Sobre os passeios no Atacama, é interessante, assim que chegar, visitar algumas agências de viagem, escolher a que lhe parecer melhor, na relação qualidade/preço, e fazer um "calendário" de passeios, pois alguns são considerados indispensáveis. Certos lugares demandam quase um dia inteiro, e outros, só acontecem à tarde, e outros ainda só de manhã. Por isso é importante fazer o agendamento. Para quatro dos principais lugares, contratamos a Grado 10. Eles possuem um diferencial que é um caminhão modificado para funcionar como um ônibus por dentro. O legal dessa agência foi que, pelo fato de o caminhão ser mais espaçoso, torna os passeios mais confortáveis. Eles também fornecem mantas para os dias em que se tem que sair muito cedo, e preparam cafés da manhã super gostosos, com ovos mexidos, pães na chapa e panquecas feitas na hora, tudo quentinho. Uma verdadeira cozinha, que conta ainda com mesa e cadeiras para todos. Nos passeios de fim de tarde, preparam uma mesa com petiscos e pisco sour (bebida típica chilena que se parece com a nossa caipirinha). Tivemos sorte com os guias que foram muito atenciosos, gentis e simpáticos. Essa foi a nossa agência, mas existem inúmeras para se escolher. Aparentemente, San Pedro vive disso, do turismo, pois a cidade é muito pequena, com cerca de 2000 habitantes. Na rua principal, a Caracoles, e arredores, existem muitas agências, casas de câmbio, restaurantes e lojinhas. Falando em restaurantes, todos tem um ambiente bastante rústico, mas come-se muito bem. Em alguns, inclusive, comida "de chef". A cidade tem um aspecto bastante simples, ruas de barro, construções baixas, de pedra e etc. Por conta da pouca chuva (cerca de 4x por ano, apenas 10-15 mm), e estar no deserto mais árido do mundo), o lugar é absolutamente diferente dos outros no Chile.

Os lugares indispensáveis que conhecemos são: Valle de la Luna, Laguna Cejar, Geysers del Tatio, Lagunas Altiplânicas e Salar do Atacama. 

O Valle de la Luna é um lugar com dunas e formações lindas, de onde se pode apreciar o mais maravilhoso pôr do sol do Atacama. É absolutamente imperdível! Visitamos ainda cavernas de sal, e fomos até a conhecida Pedra do Coiote, para a clássica foto do lugar. 

A Laguna Cejar é uma lagoa de sal, no meio do deserto. Dizem que possui 7 vezes mais sal do que o mar. Por esse motivo, você flutua sem esforço algum. É a versão Mar Morto do Chile. Ressalto que no inverno, a água é fria. No dia em que experimentamos estava 18ºC, conseguimos ficar por poucos momentos, mas foi uma experiência diferente, rs. O banho de água doce é indispensável ao sair, pela quantidade de sal que fica na pele. Mas adianto que a água dos chuveiros que existem lá também são geladas.

Os Geysers del Tatio exigem que se acorde de madrugada. As vans partem por volta de 4 da matina. Isto porque, para se ver os jatos de água no seu momento de mais força, e com mais vapor, deve-se chegar antes do amanhecer. À medida em que o sol vai aparecendo e a temperatura do local subindo, o contraste entre o calor dos geiseres e a temperatura do ar diminui, o que também ameniza o espetáculo. É super bacana, vale muito a pena.

As Lagunas Altiplânicas são lagoas no meio do deserto, próximas aos vulcões ( se não me engano, existem 7, mas apenas dois em atividade). A paisagem é belíssima. No verão, o contraste do azul das lagoas com os vulcões nevados e a terra desértica é deslumbrante. No frio, a paisagem é gélida. Quando chegamos, estava nevando, o que também foi muito bacana! 

O Salar do Atacama é o maior salar do Chile, e a paisagem aqui já é outra. Tudo quase branco, e com a presença de inúmeros flamingos nas lagoas. Belíssimo.

Visitamos, ainda, o Valle del Arcoiris, onde existem formações rochosas com cores diferentes, por conta da oxidação e de diversos minerais. Muito bonito.

E, por fim, o Pukara de Quitor, que é um sítio arqueológico, onde há também um belo mirante para o Vale de la Muerte.

No meio desses passeios, visitamos ainda rapidamente alguns outros lugares, como pequenos povoados, sítios arqueológicos e a Quebrada del Diablo, um bonito cânion. 

Faltou visitarmos o Salar de Tara, que é um passeio recomendadíssimo, mas infelizmente não conseguimos encaixar no calendário.

Como dicas finais, acrescento que a ordem dos passeios também é importante. San Pedro de Atacama está a 2.500m de altitude, e alguns lugares, como os Geysers, Lagunas Altiplânicas, Salar de Atacama, encontram-se há mais de 4000m de altitude. É interessante deixar estes para o final, para dar tempo de o organismo se acostumar. É necessário levar sempre garrafa de água, e evitar comidas pesadas e bebidas alcólicas em demasia.

Imagem: Laguna Cejar

Imagem: Laguna no Salar de Atacama

Imagem: Pòr do Sol na Laguna Tebinquinche

Imagem: Laguna Tebinquinche

Imagem: Valle de la Luna

Imagem: Valle del Arcoiris

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