Alugar carro na Grécia, vale a pena?
Acho
que já não é mais novidade para quem nos acompanha, que tentamos explorar ao
máximo os lugares por onde passamos, e sempre que possível, alugamos um carro,
justamente pelo fato de dar maior liberdade para montarmos nossos roteiros.
Portanto,
toda vez que decidimos viajar para um novo destino, surge a preocupação: será
que vale a pena alugar carro? E em nossa viagem para a Grécia, em meados de
junho/2017 não foi diferente.
Nossa
viagem tinha duração de 10 dias, e nosso roteiro incluía além da parte
continental (Atenas), 3 ilhas diferentes (Santorini, Zakynthos e Kefalônia).
Como
o trajeto que pretendíamos percorrer era bem grande, alugar o carro foi
fundamental, e por isso, tivemos que fazer 3 reservas diferentes, já que para
Santorini utilizamos avião para chegar.
Deste
modo, alugamos o carro em Atenas, Santorini, e Atenas novamente, só que desta
última vez aproveitamos para atravessar com o carro para as ilhas de Zakynthos
e Kefalônia.
Para
facilitar, vou dividir nossa experiência por locais que visitamos:
ATENAS
O
aeroporto fica localizado a 35 km de distância do centro, por isso alugar um
carro pode ser bem útil para fazer o traslado, assim como visitar alguns pontos
turísticos.
O
aeroporto de Atenas não é muito grande, então logo no portão de saída do
embarque, você já vai encontrar placas indicando as empresas de aluguel de
carro.
Nas duas vezes que alugamos carro em Atenas, fizemos através da empresa Álamo, que possui um guichê próprio, e se não me engano, funciona 24 horas. Após buscar os dados da reserva, você deve retirar o veículo em um estacionamento localizado do lado de fora, bem próximo. Basta procurar o carro na vaga indicada, bem fácil e rápido. No mesmo local (estacionamento) deve ser realizada a entrega do carro, e caso ocorra em período noturno (madrugada), você mesmo deixa as chaves no guichê localizado no aeroporto, em vistoria mesmo. Neste caso, para evitar problemas, nossa indicação é você tirar fotos para demonstrar o estado do carro na entrega, caso seja necessário.
* carro que alugamos na primeira vez em Atenas
Ainda
sobre o aluguel, é importante lembrar que no momento da locação foi exigido
apenas passaporte, carteira de habilitação brasileira e cartão de crédito.
Contudo, mesmo não sendo exigida, a Grécia é um dos países que exigem a carteira
de Permissão internacional para Dirigir - PID, portanto, não esqueça de levá-la
na viagem.
Em geral, achamos bem tranquilo dirigir por Atenas, já que as vias são bem sinalizadas e facilmente encontramos estacionamento na rua, nas proximidades dos principais pontos turísticos. Além disso, existem algumas vias rápidas, com várias faixas, facilitando a locomoção.
* estradas em Atenas
Único detalhe ficou por conta do trânsito, que em determinados horários do dia realmente era mais intenso, gerando certo engarrafamento, mas nada que inviabilizasse nossos passeios.
SANTORINI
O
aeroporto de Santorini é bem menor que o da capital Atenas, mas igualmente
existem os guichês específicos das locadoras, devidamente sinalizados.
Novamente
deve ser feito o check-in no guichê, onde o atendente entrega a chave do carro
com a numeração da vaga onde deve ser encontrado. Para devolução, você deve
avisar a equipe da locadora no guichê, que irá acompanhar para fazer a vistoria
do veículo. Bem simples e fácil.
A
ilha não é tão extensa, mas como pretendíamos desbravar o maior número de
praias, alugar o carro era totalmente necessário, sem falar na comodidade de
não depender de táxi ou transfers.
Para
quem não quer alugar carro, é possível fazer o aluguel de quadriciclos, sendo
que encontramos bastante opções de aluguéis na região de Fira.
Como falei anteriormente, Santorini em si não é muito grande, de modo que é fácil de se locomover por lá. Praticamente toda a ilha possui pista simples, e é muito bem sinalizada. Em determinados locais as vias podem ficar mais estreitas, mas sem nenhum problema ou dificuldade para transitar por ali.
* ruas de Santorini
* estradas um pouco mais estreitas em Santorini
Na
região de Oia, por ser um dos pontos mais visitados pelos turistas, em
determinados horários é um pouco difícil encontrar um lugar para estacionar, o
que normalmente é feito no acostamento. Mas é só ter um pouco de paciência que
logo encontrará uma vaga.
Com
relação ao trânsito, normalmente acabamos pegando um pouco mais de movimento no
final de tarde, principalmente no trajeto voltando de Thira/Fira em direção a
Oia, região que além de abrigar boa parte dos hotéis, é parada quase certa para
a maioria dos turistas para curtir o entardecer.
ZAKYNTHOS
Essa seria a nossa terceira parada na Grécia, e optamos por alugar um carro em Atenas e atravessar até a ilha através de um ferry, atravessando com o carro junto.
* ferry partindo de Kyllini que utilizamos para ir à Zakynthos
Assim, pegamos o carro no aeroporto de Atenas e seguimos em direção porto de Kyllini, que fica a aproximadamente 290 km da capital. O trajeto até Kyllini é feito por uma estrada em boas condições, em sua maioria duplicada e com ótima sinalização (escrito em grego e inglês). Inclusive, na época, estavam sendo realizadas algumas obras em determinados trajetos, para melhorias.
A
travessia com o ferry é bem tranquila e
rápida, sendo que o valor cobrado para transportar o carro não é tão abusivo, o
que acabou valendo a pena.
Para dirigir em Zakynthos também foi bem tranquilo, muito embora as ruas sejam menores e encontre muitas curvas pelas estradas, existe boa sinalização e local para estacionar tranquilamente.
* ruas de Zakynthos
* visual da beira da estrada em direção ao porto de Vromi
Em algumas praias existem estacionamentos ou então espaço para você deixar o carro tranquilamente.
Importante lembrar que a ilha de Zakynthos é bem extensa e possui muitas praias a serem visitadas, por isso, alugar um carro é bem aconselhável.
KEFALÔNIA
Seguindo a viagem, nosso outro ponto de visita seria a ilha de Kefalônia, e para atravessar de Zakynthos também utilizamos um ferry (carro atravessando junto), que ocorreu de maneira fácil e rápida.
* ferry que utilizamos para atravessar de Zakynthos para Kefalônia
Kefalônia,
assim como Zakynthos, possui muitas praias para serem conhecidas, de modo que
um carro é fundamental para explorar bem a região, com maior liberdade.
Por lá, as ruas também são pequenas, mas são bem sinalizadas, sendo fácil chegar ao local pretendido. Para facilitar a locomoção indico utilizar um GPS.
* estrada em ótimas condições em Kefalônia
* em algumas praias existe estacionamento em frente à praia
* ruas estreitas em Assos
Em Kefalônia tivemos uma situação inusitada, já que pelo caminho, entre uma praia e outra, além do lindo visual típico da região, tivemos o trajeto bloqueado por alguns bodes, que estavam no meio da pista. Tirando este acontecimento, foi super tranquilo se locomover pela ilha.
* obstáculos pelo caminho
Obs: Considerações sobre o aluguel
Antes
de decidirmos atravessar com o carro de uma ilha para a outra, havíamos lido
muitos relatos de pessoas que acabam alugando o carro na outra ilha, em geral
de pequenas empresas, que as vezes possuem preços melhores e esperam você logo
na saída do ferry. Sinceramente, no nosso caso não achamos muito vantajoso,
ainda mais pelo fato de que precisaríamos percorrer um bom trajeto até chegar
em Kyllini. Portanto, esta pode ser uma boa opção para quem pretende chegar em
determinada ilha de avião, e só a partir de então, explorar as ilhas ao redor.
Por
fim, com relação aos valores, para se ter uma noção (viagem realizada em
junho/2017) gastamos em torno de 370 euros com todas as locações (9 diárias),
além de 40 euros de pedágio e 215 euros de combustível para percorrer todo o
trajeto, e olha que andamos muito, mesmo.
Considerando
que estávamos em 4 pessoas, o valor final para cada foi bem interessante, pois
certamente seria mais caro se tivéssemos contratados tours ou utilizado
táxi/uber para fazer os trajetos, que em sua maioria eram longos.
Interessante
mencionar que não alugamos o aparelho GPS, pois acabamos utilizando em toda a
viagem os aplicativos de celular (google maps em especial), já que tínhamos a
disposição conexão 3g, através do nosso chip da easysim (veja
aqui como funciona), e que funcionou muito bem e nos ajudou bastante.
Outro
detalhe importante, é que na maioria das vezes o horário que precisávamos
entregar o carro era de madrugada, e assim, nem sempre havia alguma pessoa
responsável para recebê-lo. É bem comum que você mesmo deixe o carro nas vagas
destinadas à empresa (mesmo local que você pegou), e entregue a chave no
guichê, ou para o atendente ou em uma caixinha específica. No caso, não há
vistoria, e assim para evitar qualquer problema futuro, com possíveis cobranças
por avarias, sempre batemos fotos do veículo.
Bom,
acho que é isso pessoal, boa viagem!
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