Bem Vindos a Bordo

Conhecida principalmente pelas suas belas praias, banhadas por um mar cristalino, Bohol apresenta muitos atrativos para os turistas, inclusive, fora deste roteiro litorâneo.

Um dos nossos interesses era justamente conhecer essa outra parte da ilha, e foi assim que decidimos nosso passeio: desbravar a região de Loboc.

Diversas empresas de turismo oferecem passeios para este lugar, porém, nosso tour foi fechado na beira da praia, em Alona Beach. Aliás, com o mesmo vendedor fechamos todos os pacotes, já que ele era bem simpático e nos explicou direitinho como funcionava cada um.

O Tour custou 2.000 pesos filipinos para quatro pessoas, sendo que seria realizado em carro privado e com um guia, e duração de aproximadamente 4 horas.

No dia e horário combinado o motorista nos aguardava na porta do Hotel, com uma SUV, impecável.

A primeira parada do nosso roteiro era o Tarsier Conservation Área, para conhecer o Tarsier, um bichinho pequeno e com olhos grandes, que existe apenas nas Filipinas, e que passa o dia dormindo entre as árvores. O Tarsier é muito tímido e fica extremante nervoso com excesso de barulhos, flash das câmeras ou contato com humanos. Inclusive, caso o Tarsier fique estressado ele pode morrer do coração ou se suicidar. Por isso, durante a visita você encontrará diversas placas pedindo silêncio e para não encostar nesses bichinhos.

Pelo seu tamanho pequeno, torna-se um pouco difícil encontra-lo no meio da vegetação, porém as guias auxiliam e indicam o local em que eles se encontram

Ainda no Tarsier Conservation Area você encontrará uma loja com produtos relacionados ao animal. Do lado de fora também existem algumas barracas que vendem produtos locais e souvenirs.

Próxima parada era Chocolate Hills, porém, no meio do caminho paramos na Floresta Bilar, também conhecida como Floresta feita pelo Homem (Bilar Man-Made Forest), que conta com mais de 2km de comprimento e divide as cidades de Loboc e Bilar, e que tem sua existência graças a um projeto de reflorestamento realizado há muitos anos atrás.

Em seguida seguimos para “Chocolate Hills”, que é uma região onde encontram-se aproximadamente 1.700 colinas com formato bastante similares, e que em determinada época do ano ficam cobertas por uma vegetação de cor marrom, lembrando o formato de um chocolate.

Antes de chegar, nosso guia nos alertou que existia um passeio opcional de quadriciclo, onde poderíamos andar pela zona rural e visualizar algumas destas colinas, as quais possuem nomes específicos.

Após muita negociação com o atendente da loja, resolvemos realizar o passeio, que nos custou 800 pesos filipinos por máquina. O passeio durou em torno de 1 hora, é guiado, e embora não sendo tão radical, foi uma ótima experiência, principalmente para entender e ver a realidade daquela população.

Existem diversos tipos de pacotes, e os guias explicam até onde cada pacote leva.

A dica para este passeio é evitar roupa clara, pois o trajeto é realizado em estrada de chão e tem muita poeira.

Finalizado o passeio seguimos em direção ao mirante que possui ótima vista para as famosas Chocolate Hills. Para chegar até lá tivemos que pagar uma taxa de 100 pesos filipinos. Não sei exatamente se o valor é pelo número de pessoas ou por veículo.

Para chegar ao “mirante” é necessário subir uma escadaria, que pode exigir um pouco de esforço físico, porém, nada de muito expressivo. Confesso que esperava mais do local, mas mesmo assim o lugar é bonito e vale a experiência.

Saindo dali fomos direto para o Loboc River Cruise, que foi um dos passeios que mais nos agradou. A beleza natural da região é imensa, e faz você esquecer, mesmo que momentaneamente, que está em uma ilha com lindas praias.

O cruzeiro consiste em passear pelo Rio Loboc a bordo de um barco-restaurante, e o passeio com almoço incluído custa 450 pesos filipinos por pessoa (bebidas são cobradas separadamente). O almoço não é refinado, mas a comida é bem feita e com variedade, principalmente frutos do mar.

O passeio tem duração aproximada de 1 hora, e além do almoço é possível curtir a beleza da vegetação costeira e ver alguns nativos se banhando no rio. Durante o almoço, no meio do trajeto, o barco para na beira do rio onde um grupo de senhoras locais ficam tocando e dançando, bem legal.

Finalizado o almoço, o guia nos informou outros locais que o tour passaria, mas como queríamos aproveitar o período da tarde na praia, pedimos para o nosso guia nos deixar já em Alona Beach.

No meio do caminho ainda paramos na Hanging Bridge, uma ponte feita de bambu que atravessa o Rio Loboc, e que é considerada uma das mais perigosas do mundo (apesar do medo, atravessamos tranquilamente). Do outro lado existem barracas vendendo produtos artesanais e souvenirs.