O paraíso chamado Filipinas
Sou
apaixonada pelas Filipinas, já fui duas vezes e por mim iria todo ano. É um País
encantador, mas pouco explorado pelos brasileiros.
As
Filipinas são formadas por um arquipélago de sete mil ilhas, a população está
espalhada por cerca de 700 delas, ou seja, a maioria das ilhas são
inabitadas.
A
primeira vez no País (janeiro/2015), desembarquei em Manila, a capital das
Filipinas, que é uma cidade grande, trânsito caótico em horário de pico, muitas
pessoas nas ruas, acho que um dia está ótimo para conhecê-la.
Para se locomover na cidade usei o metrô, mas é super velho e confuso, nos outros dias optei por táxi e sempre combinava o preço com antecedência. Outro meio de transporte muito comum por lá é o Jeepney, uma espécie de van onde as pessoas vão sentadas no compartimento traseiro, de frente para o outro passageiro, joelho com joelho, mas não tive coragem de me aventurar.
É
o pais com a maior nação católica da Ásia, tanto que em 2015 uns dias antes de
chegar na cidade o Papa Francisco esteve por lá e reuniu aproximadamente seis
milhões de fiéis.
Outra
particularidade das Filipinas diz respeito à segurança. Para entrar nos
shoppings é preciso passar por um detector de metal, assim como em hotéis,
supermercados, há segurança armada, mas não presenciei qualquer fato que gerou
insegurança.
O
custo para conhecer o País é baixo, você se sente rico mesmo em tempo de dólar
nas alturas.
Algo
que não se pode esquecer é de deixar um dinheiro reservado para sua saída do
País, pois a taxa do aeroporto é paga separadamente, portanto, para embarcar
precisa ter dinheiro para pagar tal taxa (paguei 750 pesos filipinos no
aeroporto de Cebu).
Na
minha estadia em Manila fui até Makati, que é uma cidade praticamente anexa a
Manila, importante centro financeiro e com bastante comércio. É mais moderna,
possui arranha–céus, ruas arborizadas, bem diferente de Manila. Nesta região
tem vários shoppings e está localizado o Hard Rock Café.
No
dia seguinte optei em ir para Greenhills, o paraíso das compras, vende
praticamente de tudo, tem uma parte que é shopping center normal, com lojas e
restaurantes e outra parte onde está o melhor, muitas barracas que vendem tudo
que possa imaginar. Tem artesanato (muitas coisas lindas de madeira), souvenir,
roupas, bolsas, calçados, até pérolas originais de água doce e do mar da China
e um andar inteiro que vende capinha e artigos para celular.
Se
for compras pérolas não esqueça de fazer o teste, para saber se é original (precisa
esfregar uma contra a outra e se sair um pozinho e arranhar pode comprar sem
medo).
Os
preços são ótimos e a dica é pechinchar, tem muita oferta e muitos produtos
iguais, então mesmo que o primeiro vendedor não faça pelo preço que quer, não
desista pois certamente encontrara outro que irá fazer.
Voltaria
a Manila só para ir no Greenhills, adorei este lugar, uma pena que na minha
segunda vez nas Filipinas não consegui voltar na cidade.
De
Manila fui para Boracay, uma ilha paradisíaca, um lugar inesquecível, que eu
gostaria que todos tivessem o prazer de conhecer. É muito complicado chegar em
Boracay, mas todo o desgaste compensa.
Peguei
um voo de Manila para Kalibo, havia lido que os voos internos costumavam
atrasar nas Filipinas e comigo não foi diferente, meu voo atrasou umas 4h,
então sempre considere esta possibilidade ao reservar seus voos no País.
Kalibo
é uma cidade maior, tem mais opções de voos, você pode optar em pegar um voo
para Caticlan que fica mais próximo, mas os aviões são menores (tenho um certo
pânico de aviões pequenos), as bagagens mais restritas e os preços mais altos.
Chegando
em Kalibo peguei uma van para ir até o Porto de Caticlan (uns 65km), pensa numa
van apertada, com malas no colo dos passageiros, sem qualquer parada para ir ao
banheiro.
Chegando no Porto de Caticlan tem que pegar um barco de madeira, relativamente pequeno e é preciso pagar a taxa ambiental, taxa de uso do píer e a passagem do barco, mas tudo não deve chegar a 300 pesos.
A travessia demora em média 15 minutos, e chegando em Boracay peguei uma tuc-tuc para ir até o hotel.
A
principal dica é não levar mala, opte por mochila, muito mais fácil de encarar
a viagem com inúmeros barcos, vans, tuc-tuc, jeepney.
Minha
jornada demorou o dia inteiro, cheguei no hotel era umas 21h, estava realmente
exausta e arrependida, pensando de onde tinha surgido a ideia de ir para um
lugar tão remoto.
No dia seguinte, descansada, quando fui até a praia do hotel descobri que tudo havia valido a pena, aquela água transparente com areia branca me fez esquecer de todo o perrengue para chegar até ali.
Em
Boracay há uma rua principal que corta a ilha, a primeira impressão confesso
que não é boa, pois é bem caótico, sem asfalto, aparentemente suja.
A principal praia é dividida em três estações, mas para percorrer toda ela não demora mais que 40 minutos. Na station 2 e onde está localizado o maior número de hotéis, restaurantes e lojas. Tem também a Puka Beach, uma praia mais deserta, linda, que vale a visita.
Boracay
e Bohol, que citarei abaixo possuem muitos atrativos e por isso merecem um post
especifico.
Na
minha segunda visita ao País (fevereiro/2016) fui para Cebu, mas não conheci
nada na cidade, pois cheguei e fui direto para o Porto, já que o meu objetivo
era conhecer Bohol.
Para
chegar em Bohol é preciso pegar um ferry boat, a travessia demora em média duas
horas, fui e voltei com o Ferry da empresa SuperCat, mas tem mais empresas que
fazem o trajeto (Oceano Jet, Weesam Expresso), e paguei 400 pesos
filipinos.
O
ferry é grande, tem a opção de comprar o bilhete para a parte interna ou
externa (comprei a externa, mais barata!!!), só que se for nesta área leve um
casaco, pois venta muito ou tente sentar o mais para a frente possível, pois daí
não sofrerá com o vento (na ida o bilhete discriminava a cadeira, na volta
não).
Se quiser despachar suas malas o valor é de 100 pesos por mala.
Chegando
em Bohol peguei um taxi até o hotel. No desembarque terá várias pessoas
oferecendo van, taxi, tuc-tuc. Não esqueça de negociar o valor antes e pedir
desconto.
Em
Bohol fiquei hospedada em Baclayon acreditando não ser longe de Paglao Island,
mas devo confessar que era muito longe, demorava em média 1h de tuc-tuc, então
se não quer perder muito tempo em deslocamento aconselho se hospedar em Paglao.
A praia mais movimentada da ilha é Alona Beach, dali que saem os barcos para os passeios e os mergulhos, além de contar com grande número de hotéis, bares, restaurantes. A praia é de agua transparente e areia branca. Tem infraestrutura, com diversos restaurantes na beira do mar, aluguel de caiaque, SUP, e com muitas opções de massagens na beira do mar.
Conheci
também Doljo Beach, que é mais deserta, não tem muita gente, nem
infraestrutura, conta com alguns resorts, mas não tem restaurantes.
Uma praia que amei foi Dumaluan, é preciso pagar para entrar, mas é linda, não tem os milhares de barcos e turistas de Alona, é ideal para curtir uma praia e um belíssimo pôr do sol. O problema está em ir embora, como resolvemos sair da praia depois do pôr do sol, não tem tuc-tuc ou taxi, fomos caminhando até a estrada geral (uns 15 minutos) até conseguir um taxi.
Essas
são umas dicas gerais das Filipinas, o importante é você saber que as praias do
País são lindas, o povo muito simpático, a comida gostosa (muito peixe), super
barato, mas que não tem infraestrutura e os lugares não são de fácil acesso,
portanto se sinônimo de férias para você é descansar, não se estressar com
nada, não aconselho. Mas se tem um espírito aventureiro e o objetivo é conhecer
lugares paradisíacos, não tenho dúvida de que irá amar e, inclusive, irá planejar diversas viagens ao País, assim como eu....
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