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A cidade de Paracas fica localizada no litoral peruano, a pouco mais de 260 km de Lima, e é bastante conhecida por causa da Reserva Nacional e do passeio para as Islas Ballestas, os quais irei falar um pouco mais neste post.

Em nossa viagem utilizamos a cidade de Ica como base para realizar os passeios que pretendíamos fazer na região, incluindo Islas Ballestas e a Reserva Nacional.

Fechamos o passeio com o receptivo do nosso próprio Hotel em Ica (Dm Hoteles Mossones), pelo valor de 60 soles por pessoa (não estava incluso a taxa portuária e embarcação), e o combinado era de que uma van nos buscaria às 7 horas no Hotel e nos devolveria às 16h30 no mesmo local.

E tudo ocorreu conforme o combinado. No horário marcado uma Van nos buscou no Hotel e foi pegando os demais passageiros nos outros hotéis da região. Uma vez completo o grupo partimos para Paracas. A viagem demorou em torno de 1 hora, em uma estrada tranquila e com uma bela vista pelo trajeto.



Chegando à Paracas o primeiro destino seria fazer o passeio pelas Islas Ballestas, e assim fomos direcionados ao porto, local de onde partem as embarcações.

* Local onde sai a embarcação

Como falei anteriormente, no valor do passeio não estava incluso o valor da embarcação (15 soles) e nem a taxa portuária (3 soles), que tivemos que pagar ali mesmo na hora, em um guichê específico.


O passeio é realizado em uma embarcação aberta, e é acompanhado por um guia que faz explicações do local e da fauna, tanto em inglês como em espanhol.

* embarcação que é utilizada no passeio

A primeira e mais aguardada parada foi próximo ao geoglifo do Candelabro, que realmente é bem grande e possui certo mistério sobre sua origem (aliás, com diversas teorias). Mesmo após diversos anos, o geoglifo continua bastante visível.

* Geoglifo do Candelabro

Continuamos o passeio em direção ao segundo ponto de parada, para avistar algumas espécies de animais que ali se abrigam e as formações rochosas existentes, com lindas grutas.


Interessante saber que a região de Paracas possui uma vida marinha bastante rica, graças à corrente oceânica de Humboldt, que é muito fria e abundante em plâncton, atraindo assim diversos peixes e proporcionando um ambiente perfeito para algumas espécies de pássaros, pinguins e leões marinhos.

Quando visitamos não conseguimos ver muitos pinguins, mas soube que em determinadas épocas do ano existem muitos espalhados pela região, uma pena, quem sabe em outra oportunidade né?

* Alguns Pinguins

Já os leões marinhos, esses sim, conseguimos ver milhares por ali e dos mais variados tipos.


Igualmente, é possível avistar uma infinidade de aves sobrevoando a região, portanto, cuidado!!! Aconselho levar um boné/chapéu para se proteger, bem como, tomar cuidado com seus equipamentos (máquinas, celular, etc).

* algumas aves avistadas no passeio

Inclusive, o guanto, que são as fezes das aves, conhecido como excelente adubo natural, foi bastante usado para extração e exportação, ajudando a economia do país. Porém, durante o passeio você irá perceber a grande quantidade de guanto pelas formações rochosas e o cheiro forte provocado.

Outra dica é para levar uma mochila ou bolsa impermeável, pois dependendo do tempo é ideal para proteger os itens que você estiver carregando. E não deixe de levar um casaco/jaqueta, pois o vento frio pode ser intenso dependendo da época do ano.

Na volta, o guia nos aguardava para continuarmos o passeio até a Reserva Natural. Mas antes, tivemos alguns minutos para ir ao banheiro (que é pago) e para comprar alguns souvenirs nas diversas barracas que ficam na beira da praia.

* Calçadão onde ficam algumas "barracas" com souvenirs e restaurantes

Confesso que esperava que a praia fosse mais bonita, o que acabou nos decepcionando um pouco.

Seguimos então para a Reserva Nacional de Paracas, que devido a sua localização geográfica, apresenta paisagens desérticas e algumas praias.


A primeira parada foi para observação das formações geográficas e alguns fósseis encontrados na região.

* Alguns fósseis

Um detalhe bem curioso é que dizem que no deserto de Paracas não chove, porém, no dia que visitamos o tempo estava bem fechado, e pegamos um pouco de chuva sim!!

Em seguida fizemos outra parada em uma praia, onde era possível ver algumas falésias, no encontro entre o deserto e o pacífico.


Como o tempo estava fechado, o guia acabou não parando em todos os outros pontos, o que atrapalhou um pouco o passeio.

Outra parada foi na Praia de areia vermelha, chamada de Playa Roja, que mesmo com o tempo feio chama atenção pela cor da areia e formação geográfica.

* Playa Roja

Por fim, a última parada foi para o almoço, em uma pequena “vila” de pescadores, região onde se encontram alguns restaurantes. 


Sinceramente achei o local bem desorganizado e sem qualquer higiene. Para se ter uma ideia, sequer conseguimos utilizar o copo do restaurante, pois estava muito sujo, mesmo!

Por tal motivo, não conseguimos almoçar por ali. E olha que não foi só a nossa impressão, pois outras pessoas do grupo também não tiveram coragem, embora, os restaurantes estivessem cheios.

Portanto, a nossa grande dica é: leve comida e bebida com você, pois assim não terá grandes problemas, já que existem poucas paradas e opções para comer.

Ao redor dos restaurantes existem alguns morros de onde se tem uma boa vista das falésias, das praias e baías, e do mar. Vale a pena subir e curtir a beleza daquele lugar.


No horário combinado, voltamos para a van e retornamos para Ica, onde fomos deixados diretamente no Hotel, por volta das 16h30, com tempo suficiente para curtir o resto do dia por ali.

Em resumo, podemos dizer que o passeio é válido, ideal para conhecer a região e os diversos tipos de animais que ali se abrigam, bem como para ver as formações geográficas do local, com falésias, praias, vegetação desérticas, etc.

No nosso caso, devido a alguns contratempos com o clima (tempo fechado e chuva) e com o guia (passeio muito rápido, pulando algumas paradas), acabamos ficando um pouco decepcionados, mas mesmo assim, podemos dizer que gostamos da experiência.

Espero que as dicas ajudem vocês a organizarem melhor os seus roteiros.

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