Viajando pela África do Sul com a leitora viajante Krystal Ambrósio Canever
Nome:
Krystal Ambrosio Canever.
Idade: 29 anos.
Profissão: Sou
formada em Relações Internacionais, mas minha paixão e trabalho são viagens.
Tenho uma empresa de assessoria de viagens e roteiros personalizados.
Cidade:
Florianópolis/SC.
Perfil
Instagram: @colecaodesouvenirs
Destino:
África do Sul.
Época
da viagem: 20 de março a 04 de abril de 2017.
Por
que você gostou da viagem?
Por ser um país excessivamente lindo com muitas belezas
naturais, muito contato com os animais, uma cultura riquíssima e cosmopolita,
ótimos vinhos e restaurantes com excelente custo-benefício.
Teve
alguma coisa que não gostou na viagem?
Não teve nada que não gostei na viagem.
Como
fez para se locomover de um lugar para o outro?
Alugamos carro para nos locomover por lá, as estradas são
ótimas e bem sinalizadas. E utilizamos um voo interno para o percurso da saída
do Kruger à Port Elizabeth.
Qual
lugar não podemos deixar de conhecer? Por quê?
Fazer safári com certeza é algo incrível e o Kruger Park na
África do Sul é o melhor lugar para isso. Outro lugar que muito me encantou
foram às cidadezinhas da Garden Route, como Jeffreys Bay e Plettenberg Bay.
Possui alguma indicação de Hotel ou Hostel/Restaurante/Atração no local? Comente um pouco sobre porque escolheu esses locais.
Gostamos bastante das nossas hospedagens principalmente do apartamento que ficamos em Joanesburgo, das duas guests houses na Garden Route e do Hotel em Stellenbosch.
Condomínio Sandown Place- Era um duplex todo clean e bem equipado,
com um jardim particular no bairro de Sandton.
No Kruger Park ficamos hospedamos duas noites no Skukuza e uma no Satari. Pegamos um bangalô para quatro pessoas com cozinha e banheiros privados. Em todos tinha ar condicionado e banheira. O estilo é rústico, claro, mas muito limpinho, com boas camas, água quente e cômodos espaçosos.
Beachwalk B&B em Port Elizabeth- Quarto aconchegante, cheio de detalhes. Fica bem próximo da praia e do Boardwalk. Ótimo café da manhã no estilo britânico com os quentes feitos na hora e da maneira que gostássemos.
Ocean Watch Guest House em Plettenberg- A casa é muito linda, com muitos detalhes, dá vontade de ficar só dentro dela. Tem uma piscina e no segundo andar uma varanda em frente ao nosso quarto com uma vista maravilhosa. Café da manhã também no estilo britânico e os quentes feitos na hora do jeito que queríamos.
Devon Valley em Stellenbosch- Foi uma hospedagem com um nível mais elevado que as demais. Quarto impecável e todo no estilo antigo, com banheira retrô. Buffet de café da manhã excelente, área externa em meio às paisagens dos vinhedos. Tudo perfeito!
Em Cape Town ficamos em um Hotel da Rede Protea, o Sea Point. Hotel com localização central, boa cama e chuveiro. Não tenho nada a reclamar, mas também nenhum detalhe que o tenha transformado numa acomodação especial. Ah, único detalhe que deixou a desejar foi a internet que era ruim e se tratando de um hotel de rede esperávamos mais.
Fora os restaurantes que comento na próxima pergunta,
outros que gostamos muito foi o Vovô Telo no V&A Waterfront com pães e
cafés perfeitos, também jantei nele um dia, mas a experiência não foi tão boa
quanto nossos cafés por lá. O restaurante The Table em Plettenberg é excelente
desde as pizzas as demais comidas. Das redes gostamos do café Mug and Been e o
do restaurante de frutos do mar Ocean Basket, ambos você encontra em diversas
cidades da África do Sul.
Conte-nos sobre a sua viagem (como foi a sua experiência desde a escolha do destino, se foi sozinho, se a viagem foi econômica, sobre os lugares que conheceu, as comidas que experimentou, coisas imperdíveis e até se teve alguma furada)
Eu sempre quis conhecer a África do Sul, mas ainda não havia ocorrido o momento perfeito. Até já morei na Austrália e comprei as passagens pela South African com o intuito de na volta conhecer o país, mas não foi possível. Ano passado, com a Latam começando a fazer esse trecho os preços ficaram mais competitivos e a oportunidade de conhecer mais próxima. Mas a escolha mesmo se deveu a esta viagem ser especialmente para a filha do meu esposo, como presente de 15 anos, onde não queríamos destinos clichês e então a África do Sul se tornou a escolha perfeita. Fomos eu, meu esposo, sua filha e minha mãe que é louca por animais.
Nossa viagem iniciou em Joanesburgo, aqui a experiência mais marcante foi a visita ao bairro Soweto onde fizemos o biketour organizado pelo Lebo´s Backpackers de 2 horas, se tivesse mais tempo e disposição faria o de 4 horas tranquilamente! Gostei muito desse passeio e de tudo que ele engloba! As crianças querendo fazer hi-five quando você passava de bike por elas era demais! Fora o tanto de cultura e história daquele lugar!
Também conhecemos o museu do Apartheid, o museu da cerveja SAB world of beer’s, a Mandela Square, o shopping Sandton City e jantamos em uma das noites no famoso restaurante de comida africana com uma pegada mais sofisticada, O Moyo, da Melrose Arch, que aliás tem muitos outros restaurantes maravilhosos nessa região.
Não sentimos medo ou insegurança em nenhum momento em Joanesburgo, ou melhor, em nenhum local durante toda a viagem. Só percebemos bastante a diferença de classe, por exemplo, de Soweto para a região de Sandton e Melrose Arch que são muito ricas, muito mais que qualquer lugar aqui do Brasil.
De lá seguimos para o Kruger Park, no caminho almoçamos no Harry Pancakes que fica na cidade de Graskop, pertinho do portão Paul Kruger. As panquecas realmente são excelentes como havia lido em relatos na internet. A experiência de fazer um Safári foi a mais especial da minha vida. Estar ali no meio dos animais, vivendo suas vidas em família e livres, no meio daquele verde todo faz você esquecer do mundo pra fora dos portões, é a vida na forma mais simples e pura, o início de tudo. Conseguimos ver no tempo que estivemos lá os famosos big fives e muuitos outros animais e pássaros! Foi incrível!!
Na saída do Kruger, pelo portão Orpen, passamos por dois pontos da rota panorâmica que eu mais queria conhecer: The Tree Rondavels e também o Blyde River, que dali se tem belas imagens do rio com as montanhas ao redor. E depois, a parada seguinte, Bourke’s Luck Potholes, que você vê buracos circulares nas formações rochosas devido aos anos de erosão causado por redemoinhos de água. Infelizmente não tínhamos mais tempo para percorrer as demais paradas, mas essas valeram muito a pena!
Depois seguimos para Port Elizabeth, a qual não era nosso foco, foi apenas a primeira noite para seguirmos pela Rota Jardim. Passamos pelas cidades de Jeffreys Bay, Plettenberg Bay e Knysna. Fomos no parque nacional Tsitsikamma que se eu tivesse mais tempo queria ter passado umas duas noites só ali, também fomos na Bloukrans Bridge onde minha enteada pulou do maior Bung Jumpee de ponte do mundo da empresa Face Adrenalin! Conhecemos o parque Tenikwa que é um centro de recuperação, principalmente de felinos.
A única furada que tivemos foi termos ido até Oudtshoorn para visitar a Cango Caves, mas nos atrasamos e chegamos lá as 16h15 e fechava às 16 horas...
Depois seguimos para Stellenbosch, das milhares de vinícolas que existem por lá conhecemos a Asara, Jordan, Kleyne Zalze (vencedora do melhor vinho branco do mundo no ano passado) e Spier.
E por fim, chegamos na linda e bela Cidade do Cabo onde passamos nossos últimos 5 dias nesse lindo país... Sentiram a melancolia, né? Não foi fácil vir embora, amei demais... Mas, voltando a Cape Town aqui conhecemos todos os principais pontos turísticos e um pouco mais! Fomos diversas vezes no V & A WaterFront, vistamos a table mountain, a prisão que Mandela ficou preso por 18 anos- Robben Island, as praias de Clifton e Camps Bay, em Camps curtimos uma manhã de praia e num outro dia assistimos um lindo por do sol do restaurante Zenzero (muito bom) que fica na sua orla. Visitamos o Cabo da Boa Esperança, Hout Bay, a praia mais fofa do mundo- Boulders Beach, a praia com o maior número de surfista por m2- Muizenberg Beach, a rota mais linda- Chapmans Peak Drive. Passeamos pelo centro algumas vezes, lá eu fiz dois walking tours da empresa Joburg Free Walking Tours, um pela região de Bo-kaap e outro pelo sixth district. Fizemos muitas comprinhas de artesanatos na Green Market Square, almoçamos no Mama África, curtimos uma noite no pub Beer House, que também fica na Long Street. Fomos num jogo de Rugby do time local Stormers contra Cheetans!
E se eu não esqueci nada foi isso... Uma viagem incrível de 14 dias, mas que poderia ser feita em uns 30 e assim aproveitar mais a rota panorâmica e principalmente a rota jardim, que por essa rota dá pra se perder durante muitos dias. Quem sabe assim eu teria voltado com menos saudade... Mas deixa que saudade é bom pra gente querer voltar mais e mais vezes! E esse com certeza é um país que eu quero visitar em muitos outros momentos!
Pra encerrar, manifesto aqui a minha surpresa em ver como a África do Sul está a nossa frente em muitos quesitos, principalmente em organização e ótimas estradas. A África do Sul lembra muito mais os países europeus do que os subdesenvolvidos, ou em desenvolvimento como nós.
Quanto aos gastos foi uma viagem acessível e com certeza
muito mais em conta do que ir para a Europa ou Estados Unidos. Se você gosta de
bons restaurantes e vinhos de ótima qualidade você irá adorar, principalmente o
valor da conta no fim com preços muito melhores do que os praticados por aqui.
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